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Em um mundo onde as interações sociais são cada vez mais mediadas pela tecnologia, o fenômeno do "ghosting" tornou-se uma realidade dolorosa para muitos, mas que exatamente significa "levar um ghost" e como isso afeta nossa saúde mental e relacionamentos?
Desvendando o Fenômeno do "Ghosting"
"Levar um ghost" é mais do que simplesmente ser ignorado, porque envolve o desaparecimento abrupto e inexplicável de uma pessoa com quem estávamos estabelecendo conexões emocionais.
Imagine, por exemplo, estar profundamente envolvido em uma conversa com um amigo e, de repente, todas as mensagens ficam sem resposta, sem razão aparente. Ou ainda, investir tempo e energia em um relacionamento romântico, apenas para que o outro desapareça sem deixar vestígios.
Essa quebra de contato pode desencadear uma montanha-russa emocional, deixando-nos confusos, feridos e até mesmo traumatizados.
O Impacto Profundo na Saúde Mental: Explorando o Trauma
O trauma emocional causado pelo ghosting vai além da simples decepção, envolve uma quebra profunda na confiança e na segurança emocional. O ato de ser ignorado de forma tão abrupta pode evocar sentimentos de rejeição, abandono e inadequação.
Imagine um colaborador que dedicou meses de trabalho em um projeto importante, apenas para ser "ghosted" por colegas ou superiores sem qualquer explicação. Essa experiência pode desencadear uma espiral de questionamentos sobre competência profissional e valor pessoal, levando à ansiedade, depressão e até mesmo ao TEPT.
Estratégias de Autocuidado e Recursos Terapêuticos: Navegando no Trauma do Ghosting
Lidar com o trauma do ghosting requer uma abordagem multifacetada. Em primeiro lugar, é crucial reconhecer e validar suas próprias emoções, sentir a dor, a raiva e a tristeza que surgem dessa experiência.
Buscar apoio emocional de amigos e familiares é muito importante durante esse período difícil. E considerar a terapia como uma ferramenta para processar e curar o trauma emocional é fundamental.
É aqui que entra a terapia EMDR, por meio de uma abordagem inovadora que combina movimentos oculares ou outros estímulos bilaterais, permitindo que os indivíduos processem e integrem as memórias traumáticas de uma maneira mais adaptativa.
Por exemplo, um profissional que foi ghosted por colegas de trabalho pode usar a terapia EMDR para trabalhar a sensação de abandono e rejeição associada a essa experiência, permitindo-se recuperar a confiança e reconstruir relacionamentos saudáveis no ambiente profissional.
Superando o Fantasma do Ghosting
Levar um ghost pode deixar cicatrizes emocionais profundas, mas não precisa definir nosso futuro. Ao reconhecer nossas emoções, buscar apoio emocional e considerar opções terapêuticas como o EMDR, podemos começar a curar as feridas emocionais causadas pelo ghosting e cultivar relacionamentos mais saudáveis e significativos no futuro.
Psicóloga Anacélia Mateucci
CRP 06/37688-8
Licenciada TraumaClinic
Atendimento Online
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